Parceria entre Tecpar e Abin vai proteger conhecimento gerado no instituto 27/04/2016 - 11:06

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) deu início à implantação do Programa Nacional de Proteção do Conhecimento (PNPC), em cooperação com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Depois de meses de encontros de sensibilização sobre a importância do tema, uma comissão define nesta semana o planejamento das ações a serem realizadas ao longo do ano no instituto.

Conhecimento sensível, pela definição da Abin, é todo conhecimento estratégico, cujo acesso não autorizado pode comprometer a execução de projetos de uma empresa e da nação. O acesso não autorizado, de acordo com a Abin, pode se dar por meio de espionagem, sabotagem, vazamento e sinistro, por exemplo.

No caso do Tecpar, quatro áreas são consideradas sensíveis: a produção da vacina antirrábica, pela sua metodologia de produção exclusiva; a transferência de tecnologia de empresas parceiras para o desenvolvimento de produtos na área da saúde; o processo de incubação, pelas informações sobre projetos desenvolvidos por empresas  instaladas na Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec); e as soluções tecnológicas, pelo conhecimento gerado em ensaios laboratoriais, certificações, validações e extensão tecnológica.

De acordo com o gerente da Agência Tecpar de Inovação, Marcus Zanon, a comissão instalada no Tecpar está, nesta semana, definindo o planejamento das ações a serem realizadas já no início de maio. As unidades do instituto receberão visitas da comissão e da Abin para que seja definido um diagnóstico sobre o nível de proteção em cada uma delas.

“O conhecimento gerado em pesquisas e projetos é um bem intangível e, em um ambiente como o Tecpar, um instituto de ciência e tecnologia,  é primordial garantir a segurança das informações geradas”, pontua Zanon.

Júlio C. Felix, diretor-presidente do Tecpar, ressalta que a aproximação com a Abin é muito importante para o Tecpar e vem em boa hora."Estamos crescendo e negociando com sócios novos, com cláusulas de transferência de tecnologia. O risco de ter essas informações acessadas é muito grande e por isso precisamos proteger o conhecimento criado dentro da instituição. A proteção dos ativos intangíveis produzidos no instituto é nossa prioridade”, salienta Felix.

Após a realização do levantamento do diagnóstico dos riscos de cada área considerada estratégica no Tecpar, a comissão interna e os técnicos da Abin vão dar andamento aos trabalhos do Programa Nacional de Proteção do Conhecimento (PNPC), definindo medidas de proteção preventivas para o instituto.