Com apoio tecnológico do Tecpar, empresários do Sudoeste se unem em APL do Alumínio 03/06/2014 - 14:20

 

Empresários do ramo de alumínio do Sudoeste do Paraná recebem nesta quinta-feira (5) o reconhecimento oficial de Arranjo Produtivo Local (APL). Ao todo, 40 empresas de oito cidades da região fazem parte do agrupamento, denominação conquistada após o levantamento do potencial da cadeia local, da identificação de necessidades comuns no processo produtivo das empresas e do desenvolvimento de soluções para enquadrá-las em um arranjo.

O Arranjo Produtivo Local é uma aglomeração de empresas, situadas em uma mesma localidade, que apresentam especialização produtiva e que mantêm vínculos de articulação e cooperação entre si. Com o título de APL Utensílios Domésticos e Produtos em Alumínio do Sudoeste do Paraná, os empresários que compõem a cadeia produtiva do alumínio na região foram reconhecidos pela Rede Paranaense de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (Rede APL Paraná), integrada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), entre outras entidades.

Antes de se organizarem oficialmente em uma APL, as empresas do setor de alumínio da região participaram de um estudo operacionalizado pela Rede de Extensão Tecnológica do Paraná, coordenada e executada pelo Tecpar, no qual foram diagnosticadas as necessidades e demandas comuns dos empresários locais. O instituto oferece atendimento tecnológico com unidade móvel, adequação de produto para o mercado externo e gestão do processo produtivo às empresas participantes do projeto.

Representante do Tecpar na Rede APL Paraná, Rogério Moreira de Oliveira, gerente do Centro de Informação e Estudos Estratégicos, analisa que o atendimento às empresas com o diagnóstico de seu processo produtivo foi fundamental para a união delas em torno do arranjo. “Temos como função apoiar as micro e pequenas empresas com serviços tecnológicos. Com a gestão do processo produtivo, é possível inovar para alçar as empresas a um novo patamar tecnológico, colocando-as em pé de igualdade para competir no mercado nacional e até para exportar”, explica.

Para atender a arranjos produtivos ou a agrupamentos de empresas, a Rede de Extensão Tecnológica do Paraná adota como metodologia a identificação de necessidades comuns às empresas, que se tornam temas a serem abordados em seminários e workshops. Após esses eventos, as empresas podem receber atendimento individualizado para que os técnicos conheçam de perto o processo produtivo.

Um dos eventos realizados para a APL de Alumínio foi o Workshop de Qualidade, promovido e subsidiado pelo Sibratec, em maio, para informar, debater e sanar dúvidas sobre uma portaria do Inmetro, que impacta diretamente à produção local. Na ocasião, 28 pessoas participaram do evento, das quais 17 representando empresas da região. Dessas, 13 responderam a questionários sobre seus processos e cinco delas foram atendidas individualmente. Como resultado desses atendimentos, foram criados, por exemplo, novos layouts de processos fabris. “Temos como missão apoiar o desenvolvimento tecnológico de agrupamentos de empresas”, ressalta Ana Francisco, coordenadora da Rede de Extensão Tecnológica do Paraná.

Entre as vantagens para as empresas se organizarem em torno de um APL está o maior poder de negociação com fornecedores e taxas de juros mais baixas para financiamentos. Para Ademar Pastre, vice-coordenador da APL Alumínios, o apoio na área de tecnologia foi decisivo para empresas ajustarem seus processos e serem reconhecidas. “A expectativa com o APL é fortalecer o segmento de alumínio na região, trazendo vantagens para os empresários”, comemora. Para se tornar um APL, empresários de uma determinada localidade devem solicitar o reconhecimento à Rede APL, que analisa informações como o número de empresas da cadeia na região, a importância da aglomeração para economia local e as principais necessidades do empresariado da área.

Apoio

O Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, subsidia atividades de melhorias no processo produtivo das empresas, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por meios de redes de extensão, implantadas nos estados e conveniadas com institutos de pesquisa. A Rede de Extensão Tecnológica do Paraná é formada por representantes do Tecpar, coordenador e executor do programa no estado, além da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fundação Araucária (Fundarauc), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e Sebrae-PR. Pelo programa, micro, pequenas e médias empresas recebem apoio tecnológico para melhorar seu desempenho e se tornarem mais competitivas no mercado nacional ou internacional.